segunda-feira, 6 de setembro de 2010

PROJETO HORIZONTE E O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

Em 1997 o governo municipal, do Prefeito Eduardo Braga implantava o Projeto Horizonte, com laboratórios de informática, e o programa de autoria MICROMUNDOS, que estava sendo usado por escolas particulares na época, com onze aparelhos da IBM, em dez escolas municipais, entre elas o Júlia Barjona. Um curso inicial de vinte horas sobre o Micromundos, para seis pessoas, três professores e os três pedagogos, isto é, representando os três turnos – naquela época havia o noturno. Assim começa a história do pioneirismo na área da informática no ensino público, do Laboratório de Informática da Escola Júlia Barjona Labre. Fui primeiro professor-técnico do laboratório de informática do Júlia, trabalhando com alunos, até surgimento no ano 2000, do PROINFO e a inauguração dos NTEs, no Estado e na Prefeitura. Daí para frente o Projeto Horizonte não teve continuidade e o laboratório foi “ incorporado”, para a chamada “Informática Educativa”, com a “Pedagogia de Projetos”, usando Word, PowerPoint e Excel, integrados por “links”, tornando possível uma apresentação, de um projeto, ou de uma aula multimídia, batizada de “informática educativa”.
Os dez professores que faziam parte do extinto “Projeto Micromundos” foram “reaproveitados” também. Além do curso de “Pedagogia de Projetos na Informática”, no NTE do Parque Dez, da SEMED, que não expediu nenhum certificado, fizemos um curso no Centro de Pesquisa em Tecnologia da Informação, do ISAE, de 17/10/2000 à 17/11/2000, de 80 horas, de Capacitação para Técnico de Suporte Básico – PROINFO. Dois cursos no Centro e Informática da Fundação Rede Amazônica, Criação e Desenvolvimento em Softwares Educacionais, de 27/11/2000 à 18/12/2000, Everest Avançado, de 18/02/2002 à 01/02/2002. E um curso de inglês para a área de informática em fevereiro de 2002, na Escola de Idiomas Objetivo.
A nova política para a informática do PROINFO, executada pelo NTE da SEMED, estabelecia o uso do Laboratório através de cursos de informática básica para a comunidade, de preferência, aos sábados, relatórios mensais das atividades e preparar juntamente com os professores e alunos, projetos para uma amostra municipal de informática, que se tornou anual. Aliás, a escola ganhou uma dessas competições com um projeto sobre o encontro das águas, na gestão da ex-diretora Brígida.
O fato é que não me “enquadrei” nessa nova política, e meu contrato não foi renovado, e daí para frente dois outros professores se alternaram no laboratório, com o apoio de “alunos-monitores”. De minha parte, continuei ainda trabalhando em laboratórios de escolas da Seduc, para o NTE da Seduc, até me decepcionar totalmente e pedir para sair.
De 1997 até hoje, nos últimos treze anos, quatro gerações de máquinas passaram pelo Laboratório da Escola, os aparelhos IBM, que foram campeões em duração; a geração SUNSIX, recebida na Gestão da ex-diretora Brígida, que foi completamente sucateada, com peças internas furtadas. E durante o governo municipal do Prefeito Serafim, veio a terceira geração de computadores da marca POSITIVO, que nunca foi usada por alunos. Aliás, nesse período foram criados os “Coordenadores de Eixos”, inclusive um para informática, e continuidade na política de amostras de projeto, com a novidade da aquisição do “Visual Class”, para algumas escolas, pois até junho de 2008 já existiam 143 escolas com laboratórios de informática.Vale ressaltar, que o laboratório, ou sala de informática não tem sido usada continuamente por falta de técnicos ou por defeito nas máquinas, e falta de manutenção.
Nessa época a Escola ficou sob uma “intervenção”, porque a diretora designada não assumiu a direção, no lugar do Professor Tarcisio Serpa, que assumiu a direção do Distrito Leste, por motivos pessoais ou desconhecidos, na verdade não sei.
A quarta geração de computadores, também POSITIVO, com monitores modernos, tela fina, widescreem, e com dois sistemas operacionais: Windows e Linus educacional, juntamente com dez aparelhos comuns do PRO-JOVEM, num total de vinte máquinas e impressora, foram recebidos na gestão da atual diretora, Professora Dalva.

Assim, em média, de três em três anos, foram trocados os computadores, numa expectativa de consumo inicial de oitenta anos alunos para cada máquina, mais a comunidade, somados as furtos de peças, processadores, e programas em CD ROM educativos, acervo do laboratório, comprados pela Escola na gestão do ex-diretor Jocelim, dos DVDs convertidos dos programas da TV Escola em VHS.

Um laboratório de informática é um problema muito delicado em qualquer escola. Por isso, passa mais tempo fechado no cadeado, do que com alunos e professores.





Nenhum comentário:

Postar um comentário