quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A SALA DE LEITURA DA ESCOLA

De tudo aquilo que a escola tem, como o Laboratório de Ciências, o de Informática, o Auditório, o Zezão, que foi construído no lugar da velha quadra rústica, coberta e feita toda de madeira, portanto para o Júlia, e mais tarde dado para a Comunidade, num gesto eleitoreiro do Prefeito da época, e por isso ficamos sem quadra para as aulas de educação física, a Sala de Leitura da escola foi o único bem que foi preservado e enriquecido ao longo do tempo.
Um espaço que nunca deixou de ser utilizado pelos alunos, para pesquisa, e pelos professores em reuniões pedagógicas, como a escolha do livro didático, e discussões sobre o PPP. Foi na segunda reforma que aconteceu na Escola, já na época do ex-diretor Jocelim, formado em Letras e professor de Língua Portuguesa, que a Sala de Leitura passou a ter uma atenção especial, com aquisição de livros, coleções, e um visual moderno e prático com estantes fixadas na parede, como hoje podemos observar, com o dinheiro da APMC. Afinal, uma das paixões do ex-diretor, era e ainda deve ser, a leitura. Claro, os professores da época compartilharam, das idéias inovadores daquela época. Só para relembrar, o primeiro computador da escola, para ser usado na Secretaria, foi comprado; assim como mais tarde foi comprado um computador para uso dos professores, que está funcionando até hoje na sala da Pedagoga.
Escrever sobre a história da Sala de Leitura, sem falar dos funcionários, das pessoas, que se dedicaram na tarefa de ajudar os alunos, e preservar os acervos, é impossível: Vanderlei, Ana, Islândia, e Marcílis. Principalmente a Professora Marcilis, que há oito anos é a responsável pela Sala, com dedicação quase exclusiva, de manhã e a tarde. Professora de Geografia, dezenove anos de Júlia Barjona, foi readaptada na gestão do Professor Jocelim, passando a servir na Sala de leitura. É com grande dedicação, que vejo o trabalho da Marcilis, a dedicação em pessoa.
A Sala de leitura do Júlia Barjona, não é uma biblioteca. Mas, conheço várias escolas da Seduc, algumas até de ensino médio, que não tem um acervo tão rico. Aliás, na maioria das escolas nem sequer há um auditório, muito menos biblioteca ou sala de leitura. Em 2005, o acervo era de 5285 livros, sem contar as revistas, e a hemeroteca feita pela própria professora Marcilis.

Hoje, não há mais essa quantidade, porque os livros didáticos, aqueles dos alunos, foram retirados e doados, juntamente com a hemeroteca. Só paradidáticos, literatura, dicionários e enciclopédias permanecem no acervo. Livros que alunos e professores podem emprestar para ler na escola ou em casa. Alunos de outras escolas, ex-alunos, buscam a sala de leitura para realizar pesquisas escolares, fazer suas tarefas.
Quatro Enciclopédias Barsa, duas Mirador, mais de duzentos dicionários, grandes e pequenos, autores brasileiros e amazonenses: Gilberto Freire, “Casa Grande e Senzala”, Darcy Ribeiro,”O Mulo”, “Crônicas de Nárnia”, “Quarup”, “Memórias de Maria Moura”, “ Grande Sertão Veredas”, “A expressão Amazonnense” de Márcio Souza, “O Estatuto do Homem”, do Thiago de Mello; Arthur Engrácio, Elson Farias, Mário Ypiranga, e outros autores e títulos. Enfim, um acervo aberto para todos, alunos, professores, e comunidade.

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